Prisão da ex-vereadora Marcelle Pata Na tarde de terça-feira (28), em Campos dos Goytacazes (RJ), a ex-vereadora Marcelle Pata foi presa em flagrante na agência dos Correios localizada na Rua 21 de Abril, no Centro da cidade. A prisão ocorreu após uma discussão sobre a posição na fila de atendimento, que evoluiu para injúria racial, uso de spray de pimenta e resistência à prisão. Detalhes da ocorrência A confusão começou quando Marcelle teria alegado que “tinha direito” à preferência por ser mulher, e isso motivou uma discussão com outras pessoas na fila. Durante a discussão, ela teria proferido ofensas com base em cor e aparência, dirigindo-se a um homem com a frase “Olha seu tipinho e sua cor”. Em seguida, ela teria utilizado um spray de pimenta contra vários clientes da agência — incluindo crianças — que aguardavam atendimento. Ao ser solicitada pela polícia para entregar o spray, ela se recusou, sendo necessário o uso moderado da força para conduzi-la à viatura e à 134ª Delegacia de Polícia (Centro). Na delegacia, foi autuada por injúria racial, desobediência, resistência à prisão e lesão corporal (em razão das vítimas que necessitaram atendimento hospitalar).
Perfil e contexto da acusada Marcelle Pata foi vereadora do Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, assumindo a vaga de suplente em 2019, pela coligação PR/PTB/PSD. Ela sempre se apresentou como defensora da causa animal e fundadora da ONG “Protetores e Amigos de Todos os Animais (PATA)”. Além disso, segundo as autoridades, ela possui um histórico de anotações criminais: ameaças, injúria, calúnia, constrangimento ilegal e perseguição foram listados nos arquivos de polícia. Consequências e encaminhamentos Após a prisão em flagrante, Marcelle foi conduzida para a Central de Audiência de Custódia, na Penitenciária Carlos Tinoco da Fonseca, no bairro Parque Santa Rosa (Guarus). Ela responderá criminalmente pelos delitos apontados — injúria racial, lesão corporal, desobediência e resistência.
Repercussão e impacto O episódio levanta diversas repercussões: A utilização de spray de pimenta dentro de uma agência pública, atingindo até crianças, acende o debate sobre segurança e conduta em locais de atendimento ao público. As ofensas de cunho racial reforçam a discussão sobre discriminação e injúria racial em espaços públicos. O fato de uma pessoa que ocupou cargo político — ainda que suplente — estar envolvida em uma ocorrência desse tipo, gera questionamentos sobre imagem pública, ética e responsabilidade de quem representa a sociedade. Para a cidade de Campos dos Goytacazes, o caso remete a uma crise de confiança quanto à atuação de representantes que se posicionavam em pauta de defesa social (como a causa animal) e que agora constam em investigação criminal.
Palavra de encerramento Enquanto o processo judicial corre, o episódio marca uma virada notável na trajetória de Marcelle Pata — de ativista e parlamentar à acusada de crime com forte repercussão pública. A audiência de custódia e possíveis desdobramentos servirão para definir as consequências políticas e jurídicas desse fato para o cenário eleitoral e institucional da região. Se desejar, posso levantar o despacho da audiência de custódia, eventuais medidas cautelares ou a linha de defesa da acusada para tecer uma análise mais aprofundada.